Mega-crise, Europa: extrema direita subindo ao poder, 9 países. Racistas, xenófobos.
GENEBRA - Considerada uma ameaça à democracia por incitar ao racismo e à xenofobia, a extrema direita adaptou seu discurso e, diante da crise financeira europeia, chegou ao poder nos últimos anos em vários pontos da Europa. Nove países europeus já têm partidos de extrema direita em suas coalizões de governo central ou como peças fundamentais nos Parlamentos. HOLANDA: conhecida por sua tradição liberal em diversos campos, os extremistas de direita do Partido da Liberdade é o terceiro maior partido do país, com 15% de apoio. Acusam Bruxelas de ser uma "ditadura" contra os interesses nacionais holandeses e, nos últimos anos, multiplicaram-se propostas de controlar a entrada de muçulmanos, banir o Alcorão do país e até mesmo retirar a cidadania holandesa de muçulmanos. FINLÂNDIA: Ascende o partido Verdadeiros Finlandeses, em Helsinque. O grupo viu quadruplicar o número de eleitores em 2011. A legenda propõe regras mais duras para a concessão da nacionalidade local e sugere que mulheres estudem menos para ter tempo de dar à luz "verdadeiros finlandeses". HUNGRIA: os ultranacionalistas chegaram a mudar a Constituição, revogar direitos de estrangeiros e promover uma série de leis que deixaram a UE e a ONU apreensivas. DINAMARCA: o Partido do Povo , em seu programa de governo, a mensagem é clara: "A Dinamarca nunca foi um país de imigração. Portanto, não aceitamos a transformação para a uma sociedade multiétnica. A Dinamarca pertence aos dinamarqueses". Noruega, Suíça, Suécia e mesmo a Itália têm também partidos de extrema direita com a capacidade de influenciar cálculos políticos. ÁUSTRIA: "Porque é que os austríacos precisam pagar pelos erros dos países do sul da Europa?", questionou Heinz-Christian Strache, chefe do Partido da Liberdade da Áustria.