"EUA, escondendo a depressão econômica com conversa fiada".
Crescimento do PIB tem sido negativo desde a retração em 2007.
Paul Craig Roberts, ex-secretário assist. Tesouro, editor assoc. Wall Street Journal.
O estatístico John Williams ( shadowstats.com ) informa que se deflacionado pela metodologia oficial anterior, o crescimento do PIB tem sido negativo desde a retracção em 2007. Ao imprimir dólares para suportar os bancos, o Fed criou uma bolha do mercado de títulos, uma bolha do mercado de acções e uma bolha do dólar. Se o Fed parar de imprimir dinheiro, não só os balanços dos bancos levam uma pancada como também os mercados de títulos, de acções e imobiliários. A riqueza seria liquidada. Já ninguém mais poderia pretender que há uma recuperação económica.
A razão real porque a economia dos EUA não pode recuperar é que foi movida para o exterior. Milhões de empregos estado-unidenses em manufactura e serviços profissionais comerciáveis, tais como engenharia de software, foram transferidos para a China, a Índia e outros países onde os salários são uma fracção daqueles nos EUA. Governos não podem imprimir dinheiro para sempre sem graves consequências. A crise económica real será atingida quando a bolha da economia já não puder ser suportada pela máquina de impressão. Deveria ser óbvio para economistas, mas aparentemente não é, que empregos tipo Walmart da "Nova economia" não pagam suficientemente para aguentar uma economia dependente do consumidor. A parte assustador da crise económica iminente ocorre quando o défice do orçamento federal se ampliar, a economia se contrair e o próprio Fed se encontrar numa situação em que não pode imprimir ainda mais dólares sem provocar uma perda de confiança no dólar e nos títulos do Tesouro dos EUA. O que faz um governo desesperado numa tal situação? Confisca o que resta de pensões privadas, acumula impostos e conduz o povo e a economia mais profundamente para o chão. Este é o caminho em que está a política económica dos EUA. Qual é a solução?
Podia ser permitido ao capitalismo que funcionasse e os bancos falirem. É mais barato salvar depositantes do que salvar os bancos. Corporações podiam ser tributadas com base na localização geográfica em que acrescentam valor ao seu produto. Se corporações criam bens no exterior que comercializam para americanos, elas teriam uma elevada taxa fiscal. Se criassem valor internamente com trabalho americano, teriam uma taxa fiscal mais baixa. A diferença fiscal podia ser utilizada para compensar a vantagem do custo do trabalho da produção deslocalizada. Levaria tempo, mas empregos retornariam para os EUA. Cidades, estados e o governo federal vagarosamente veriam suas bases fiscais reconstruídas. Rendimentos do consumidor ascenderiam outra vez com a produtividade e a economia poderia ser reposta de pé. Quanto ao défice federal, ele poderia ser reduzido significativamente acabando com as guerras de Washington. Como vários peritos estabeleceram, estas guerras são extremamente caras, acrescentando triliões de dólares às necessidades de financiamento do governo dos EUA. Como outros peritos têm mostrado, as guerras não beneficiam ninguém excepto uma pequena clique de indústrias militares/de segurança. Obviamente, não é democrático destruir o futuro de um povo em proveito de interesses especiais.