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Midia ocidental refaz realidade. Condena farsa eleitoral em um pais e apoia em outro. É amoral.
Mídia apoia fraude maciça na Ucrania, e condena farsa na Síria.
Nota crucial: ambos estão em guerra engendrada pelos EUA.
NA SÍRIA, FRAUDE É UMA ESTÓRIA: Quase 16 milhões de sírios estão credenciados para votar nas 9.601 seções eleitorais, das quais 1.563 estão na capital Damasco. O ditador Bashar Assad, que está no poder desde 2000, é candidato e franco favorito a um terceiro mandato de sete anos, já que o pleito é considerado uma mera encenação de democracia, cujo objetivo é mostrar apoio popular ao ditador.
Washington, 2 jun (EFE).- O governo dos Estados Unidos considerou nesta segunda-feira que as eleições presidenciais marcadas para amanhã na Síria são uma "farsa" e advertiu que não reconhecerá os resultados. "Esta eleição flui de um legado familiar de uma brutal ditadura e também está claro que não reconheceremos o resultado", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki. A porta-voz destacou que nas sociedades livres as eleições democráticas oferecem uma oportunidade para escolher seus líderes, mas este processo é "inconcebível" na Síria atual na qual o regime de Bashar al Assad "castigou" a oposição. Psaki lembrou, além disso, os milhares de deslocados deixados pelos mais de três anos de guerra e a lei aprovada este ano que restringe as candidaturas àqueles que tenham vivido na Síria durante os últimos dez anos, "excluindo a oposição no exílio".
MAS NA UCRANIA, FRAUDE É OUTRA ESTÓRIA: Os resultados finais só vão ser anunciados na segunda-feira, mas as sondagens à boca das urnas apontam para uma vitória clara de Petro Poroshenko nas eleições presidenciais na Ucrânia. O "rei do chocolate", como é conhecido devido à fortuna que amealhou no ramo dos doces, torna-se assim no primeiro Presidente eleito após a deposição de Viktor Ianukovich, em Fevereiro.
Era o único resultado que interessava a quem ainda deposita esperanças no regresso à normalidade na Ucrânia – apesar de não ser uma garantia, a eleição de Petro Poroshenko, com o seu discurso firme contra os separatistas pró-russos mas mais moderado em relação a Moscovo, representa uma luz ao fundo do túnel para um país que está há meses à beira da guerra civil. Se se confirmarem as projecções à boca das urnas, Poroshenko deverá ter um resultado expressivo, entre os 55,9% e os 57,3%, deixando a larga distância Iulia Timoshenko, conhecida no Ocidente como a figura da Revolução Laranja de 2004-2005 – as duas sondagens divulgadas após o fecho das urnas dão pouco mais de 12% à antiga primeira-ministra, ainda assim o dobro do que previam alguns estudos de opinião durante a campanha eleitoral.