OTAN desestabiliza Ucrânia com terroristas contratados. Treinam em empresa privada dos EUA.
Michel Chossudovsky, Centre for Research on Globalization
"Aquelas organizações (companhias de segurança privadas) farão o que a NATO não pode fazer abertamente: Podem treinar pessoas para serem terroristas", disse Chossudovsky, acrescentando que na Síria empreiteiros privados estavam a treinar a al-Qaeda. "Estamos a falar acerca da continuação da política de intervenção militar dos EUA na Ucrânia e na etapa preparatória para um massacre no Sudeste da Ucrânia", Igor Korotchenko, editor-chefe da revista mensal russa Defesa Nacional, acrescentando que a instalação de mercenários da companhia privadaGreystone Ltd. pode ser financiada por oligarcas ucranianos e organizada em coordenação com o Departamento de Estado dos EUA.
Chossudovsky considerou à RIA Novosti que mercenários são normalmente contratados por governos, mas há numerosas opções para que eles operem de modo encoberto e não se identifiquem. "Empreiteiros privados podiam ser contratados pela NATO, ou pelo governo ucraniano ou por um intermediário. Qualquer um pode contratar a Greystone, eles operam de modo encoberto, eles não se identificam e ganham dinheiro", afirmou Chossudovsky. "Considerando que os serviços de segurança da Ucrânia mostram sua óbvia incompetência, mercenários estrangeiros podem suprimir os protestos na parte Sudeste do país", disse Korotchenko. Chossudovsky considera expectável que a Greystone também recrute ucranianos para a operação e recordou que a companhia contrata pessoas de diferentes nacionalidades, as quais são treinadas por pessoal militar profissional. "No interior da Guarda Nacional Ucraniana há conselheiros militares ocidentais, eles têm pessoal militar sénior. Supõe-se que treinem serviços de protecção, mas de facto treinam terroristas", disse Chossudovsky.
"A NATO e os EUA não irão reconhecer a presença destas forças especiais. O que está a acontecer é um influxo de forças especial na Ucrânia as quais estão ali tendo em vista sustentar o actual governo, mas elas também contribuem para um processo de desestabilização", afirmou Chossudovsky enfatizando que mercenários infiltrar-se-iam nos movimentos de base para desencadear a violência por toda a Ucrânia. O perito canadiano também afirmou que conselheiros da NATO já estão presentes na Ucrânia e que foram trazidos pelas autoridades de Kiev. "Temos informações de que havia mercenários no Leste da Ucrânia no princípio de Março. Alguns destes mercenários possivelmente podiam terem sido utilizados para as operações refinadas com franco-atiradores (snipers) que caracterizam o Euro Maidan", disse Chossudovsky, acrescentando que operações semelhantes já foram vistas em outros países.