21 abril 2014

O COLAPSO DO IMPÉRIO :

Resistir.Info - GEAB 84 - Apr 2014 - clik 1 - clik 2
Para não afundar só, EUA arrasta Europa à sua esfera de influência. 
É criar nova "Cortina de Ferro".
Separar antigas potencias de emergentes, devedores de credores.
A actual confrontação entre a Rússia e o Ocidente na crise ucraniana recorda inevitavelmente a imagem da guerra fria e os media evidentemente rejubilam com isso. Ora, ao contrário do que eles dão a entender, não é a Rússia que procura o retorno da cortina de ferro mas sim os Estados Unidos. Uma cortina de ferro separando antigas potências e países emergentes, mundo de antes e mundo de depois, devedores e credores. E nesta esperança um tanto louca de preservar o american way of life e a influência dos Estados Unidos sobre o "seu" campo na impossibilidade de poder impô-lo sobre o mundo inteiro. Por outras palavras, afundar com o maior número de companheiros possível para ter a impressão de não afundar. 
Para os Estados Unidos, este é de facto o jogo actual: arrastar consigo todo o campo ocidental para poder continuar a dominar e a comerciar com um número suficiente de países. Assiste-se assim a uma formidável operação de viragem de opiniões e de líderes na Europa a fim de assegurar governos dóceis e compreensivos em relação ao patrão americano, operação apoiada por uma blitzkrieg para ligá-los definitivamente ao TTIP e para isolá-los do que poderia ser a sua tábua de salvação, ou seja, os BRICS, seus mercados imensos, suas dinâmicas de futuro, sua ligação com os países em vias de desenvolvimento, etc. Analisamos todos estes aspectos , assim como a utilização subtil do medo de uma deflação a fim de convencer os europeus a adoptarem os métodos estado-unidenses. À luz da extrema periculosidade dos métodos empregues pelos Estados Unidos, não é preciso dizer que abandonar o navio estado-unidense não seria um acto de traição por parte da Europa mas sim um avanço importante para o mundo.