04 setembro 2015

O COLAPSO DO IMPÉRIO :

Resistir.Info - Zero Hedge - - Sep 2015 - clik 1 - clik 2 - clik 3 
As 6 mentiras que você vai ouvir, à medida que o colapso avança:
O establishment fez todos os esforços para ocultar os fundamentos do público através de distorções de grande alcance das estatísticas económicas. Contudo, os dias da desinformação eficaz em termos do sistema financeiro estão a chegar ao fim. Quando investidores e o público geral começa a absorver a realidade de que a economia global está na verdade a testemunhar um vasto cenário de crise e reconhece que os números reais são fraudulentos, este é o único recurso que banqueiros centrais e governos controlam a fim de convencer o público de que a crise que testemunha não é realmente uma crise. Isto equivale a dizer que o establishment tentará marginalizar os sinais de colapso que já não puder ocultar, como se tais sinais fossem de importância "mínima". Tal como ocorreu durante o início da Grande Depressão, haverá legiões de mentiras à medida que nos aproximamos da hora zero. Eis a questão: como SEMPRE disse, o colapso económico não é um evento singular, é um processo. A economia global tem estado no processo de colapso desde 2008 e nunca abandonou esse caminho. 
Aqueles que eram ignorantes aceitaram estatísticas do governo pelo seu valor facial e o manipulado mercado touro como legítimo, recusando-se a reconhecer o fundamental. Agora, com mercados a sofrerem recentemente uma das maiores quedas livres desde o crash de 2008/2009, eles estão a verificar a loucura das suas suposições, mas isso não significa de modo algum que as aceitarão ou que se desculparão por elas. Se há uma lição que aprendi bem durante meu tempo no Liberty Movemente, é nunca subestimar o poder do preconceito da normalidade (normalcy bias).

Aqui estão algumas mentiras que você ouvirá com o acelerar do colapso:

1) - A crise foi provocada pelo contágio chinês 
O crash da China tem importância não porque esteja a levar todas as outras economias ao crash. Ele tem importância porque a China é o maior importador/exportador do mundo e é um teste ácido para a saúde financeira de todos os outros países. Se a China está em queda, isto significa que não estamos a consumir e, se não estamos a consumir, então devemos estar falidos. O crash da China anuncia as nossas próprias condições económicas muito piores. É PORQUE os mercados ocidentais estão em desintegração juntamente com o da China, apesar das presunções dos media de referência. A verdade é que crash nas acções globais, o qual sem dúvida continuará ao longo dos próximos meses apesar de quaisquer adiamentos da ZIRP por parte do Fed é um resultado da decadência universal na infraestrutura orçamental. Praticamente toda nação individual neste planeta, toda economia soberana, permitiu que bancos centrais e internacionais envenenassem todos os aspectos dos seus respectivos sistemas com dívida e manipulação. Isto não é um problema de "contágio", é um problema sistémico de todas as economias por todo o mundo. 
2) - Cortes de taxa da China travarão o crash 
Não, não travarão. A China cortou taxas cinco vezes desde Novembro último e isto nada fez para deter a maré do seu colapso do mercado. Não estou certo da razão porque alguém pensaria que um novo corte de taxa conseguiria algo mais do que talvez um alívio da continuação da avalanche. 
3) - Não é um crash, é apenas o fim de um "Ciclo de Mercado" 
Esta é a mais ignorante das não explicações que já ouvi. Não existe tal coisa como um "ciclo de mercado" quando os mercados são suportados parcial ou totalmente por manipulação de moeda fiduciária. O nosso mercado não é de modo algum um mercado livre, portanto ele não pode comportar-se como um mercado livre e, assim, ele é um mercado atrofiado sem ciclos identificáveis. Oscilações em mercados de até 5%-6% para cima ou para baixo (por vezes ambos no mesmo dia) não fazem parte de um ciclo normal. Elas são um sinal de uma volatilidade cancerosa que decorre de uma economia à beira do desastre. 
4) - O Fed nunca elevará as taxas 
Não conte com isso. Declarações pública de entidades globais como o FMI, sobre a China por exemplo, têm argumentado que sua crise actual é simplesmente parte da "nova normal", um futuro no qual crescimento estagnado e padrões de vida reduzidos é o modo como as coisas serão. Espero que o Fed irá utilizar o mesmo exacto argumento para apoiar o fim das taxas de juro zero nos EUA, afirmando que o declínio da riqueza e dos padrões de vida americanos é uma componente natural da nova ordem económica mundial em que estamos a entrar. Esteja certo, marque minhas palavras, que dentro em breve o Fed, o FMI, o BIS e outros tentarão convencer o povo americano de que a erosão da economia e a perda do status de reserva mundial é realmente uma "coisa boa". Eles afirmarão que um dólar forte é a causa de todo o nosso sofrimento económico e que é necessária uma perda de valor. Enquanto isso, naturalmente, eles minimizarão as tragédias que resultarão quando a mudança rumo à desvalorização do dólar se abater sobre as cabeças do populacho. Uma alta da taxa pode não se verificar em Setembro. De facto, como previ no meu último artigo , o Fed já está a dar pistas de um atraso a fim de promover os mercados, ou pelo menos reduzir a actual carnificina a um nível mais administrável. Contudo, eles ELEVARÃO as taxas no futuro próximo, provavelmente antes do fim deste ano após algumas reuniões em alta tensão nas quais o mundo financeiro estará sentado à espera ansiosamente da palavra do alto. Por que elevaria taxas? Algumas pessoas não apreendem o facto simples de que a tarefa do Federal Reserve é destruir o sistema económico americano, não protegê-lo. Uma vez que se entende esta dinâmica, então tudo o que faz o banco central faz perfeito sentido. Um aumento de taxa ocorrerá exactamente porque é o que é necessário para mais uma vez desestabilizar a psicologia do mercado estado-unidense a fim de abrir caminho para o "grande recomeço económico" que o FMI e Christine Lagarde estão tão ansiosos por promover. 
5) - Esteja preparado para o QE4
Mais uma vez, não confie nele. Ou, no mínimo, não espere que um QE renovado tenha qualquer efeito duradouro sobre o mercado se for iniciado. Não há realmente sentido em apontar para o lançamento de um quarto programa QE, excepto ficar à espera de que o Fed de vez em quando instile esta possibilidade no media para enganar investidores. Primeiro, o Fed sabe que seria uma admissão aberta de que os últimos três QEs foram um fracasso absoluto e, apesar de a sua tarefa ser desmantelar a economia estado-unidense, não penso que procurem assumir culpa imediata por toda a confusão. O QE4 seria tão desastroso quanto o último programa de estímulo do BCE foi para a Europa, sem mencionar as últimas várias acções de estímulo do PBOC [Popular Bank of China]. Direi isto mais uma vez – estímulos com moeda fiduciária têm uma vida útil limitada e essa vida útil está ultrapassada para todo o globo. Os dias de mercados suportados artificialmente estão quase acabados e nunca voltarão. Vejo pouca vantagem para o Fed em trazer o QE4 para o quadro. Se o objectivo é descarrilar o dólar, essa actuação já está a caminho quando o FMI cuidadosamente estabelece o cenário para a entrada do Yuan no cabaz global de divisas do DES [Direitos Especiais de Saque] no próximo ano, ameaçando o status do dólar como reservas mundial. A China também continua a despejar centenas de milhares de milhões em Títulos do Tesouro (treasuries) dos EUA levando a uma corrida para um despejo dos mesmos por parte de outros países. O dólar como divisa é um morto ambulante e o Fed nem mesmo terá de imprimir no estilo da Alemanha de Weimar a fim de matá-lo. 
6) - Não é tão mau quanto parece 
Sim, é exactamente tão mau quanto parece se não pior. Quando o Dow pode abrir 1000 pontos abaixo na segunda-feira e a China pode perder todos os seus ganhos de 2015 no intervalo de algumas semanas apesar de medidas de estímulo institucionalizado que perduram há anos, então alguma coisa está muito errada. Isto não é um "soluço". Isto não é uma correcção que já atingiu o fundo. Isto é só o começo do fim. As acções não são um indicador previsional. Elas não seguem os fundamentos positivos ou negativos. As acções não entram em crash antes ou durante o desenvolvimento de uma economia enferma. As acções entram em crash depois de a economia já ter entrado em coma. As acções entram em crash quando o sistema já não tem salvação. Desde 2008, nada na estrutura da finança global foi salva e agora o edifício da banca central está ou incapaz ou não desejoso (acredito que ambos) de fornecer as ferramentas que nos permitam mesmo pretender que pode ser salvo. Vamos sentir o estrago agora, enquanto o establishment nos diz que tudo isso está dentro das nossas cabeças.